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terça-feira, 26 de julho de 2011

Prícipe Invisível

Hoje encontrei uma menina chorando no cais. Dizia sentir falta dele também, e me entregou uma carta. Disse que era do “menino dela”. A carta dizia:  “Hoje sentei no nosso cais, aquele que sentávamos juntos pra assistir o pôr do sol. E lembrei de você. Mas não foi nesse sentido, depois desses últimos oito meses, sem você aqui, comigo…Eu sempre estive triste. Mas dessa vez eu sorri. É, sorri. […] Lembrei de nossas gargalhadas, do como você ria do jeito que eu te carregava em meus braços desengonçado, ou de seus sorrisos entre nossos beijos. Ou até daqueles seus sorrisos no canto da boca, de timidez. Lembrei também das festas de nossos amigos que íamos, e ficávamos observando as crianças, como se fossem nossos filhos. Lembrei das vezes que sentamos naquele cais pra assistir ao pôr do sol, do jeito que manchava a ponta do seu nariz de sorvete, ou do jeito que você fazia comentários sobre as pessoas que passavam na rua. Do jeito que nos escondíamos no armário com uma lanterna, feito duas crianças. Ou do jeito que nos escondíamos debaixo das cobertas, pra nos proteger a noite. Das desculpas que eu dava pra dormir na sua cama, pra ir te ver em tua casa. Das palhaçadas que fazia pra te ver sorrir. Do jeito que eu te levava na frente, na bicicleta até chegar ao cais. Do jeito que você me chamava de idiota, bagunçava meu cabelo e acariciava minhas bochechas. Ou do doce, como você falava as coisas, explicava-as e que dava interesse, não em prestar atenção no que dizia, mas reparar na quantidade de gestos que fazia com a mão, dos sorrisos que dava sei lá porque, e da quantidade vezes que falava a palavra tipo. Parece que aprendi a parar de lamentar por ter acabado, e comecei a sorrir por ter acontecido. Parece que aprendi a reciclar os bons momentos. Parece que senti saudade, e só agora comecei a valorizar. Nós éramos felizes, amor. Nunca se esqueça de mim, por favor. Eu nunca vou esquecer de você. Lembra do nosso para sempre? Não era mentira. Levo comigo, até hoje. Levo dentro de mim. Sinto sua falta. Eu te amo. Seu menino. Ps:Vou deixar essa carta engarrafada, embaixo do cais. Como sempre fazíamos quando não sabíamos onde o outro estava. Se sentir falta de nós, eu sei que vai procurar alguma coisa, no nosso lugar.

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